alarmes.lasa@igeo.ufrj.br

Panorama Fogos Naturais (Em breve)

A identificação dos incêndios de origem natural utiliza dados de 1) raios nuvem-solo (NS) com boa exatidão da localização dos raios observados pela rede de detecção de descargas atmosféricas STARNET, que é operada e disponibilizada pelo Laboratório STORM-T/IAG-USP (carlos.morales@iag.usp.br), e 2) focos de calor com confiança nominal ou alta, detectados pelo sensor Visible Infrared Imaging Radiometer Suite (VIIRS) a bordo do satélite NOAA-20 e fornecidos pelo FIRMS NASA (https://firms.modaps.eosdis.nasa.gov/). Geralmente, se utilizam as versões de ambos produtos em tempo quase-real (NRT) com o objetivo da identificação dos incêndios de origem natural.

A metodologia adotada para estimar a origem das ignições no bioma Pantanal segue Menezes et al. (2022), que relaciona a distância e o intervalo de tempo (buffers espacial e temporal máximos equivalentes a 8 km e 3 dias, respectivamente) entre os fenômenos de raio e incêndio para atribuir uma probabilidade de ignição natural. São consideradas origens por causa natural as probabilidades iguais ou superiores a 80%; as demais ocorrências possuem razoável probabilidade ou outras causas que não estão relacionadas a raios (probabilidade muito baixa ou nula).

Ressalta-se que as detecções de raios NS da rede STARNET possuem incerteza espacial variável a depender da quantidade de sensores envolvidos na estimativa final da localização do raio, e equivale a, em média, 5 km na área do bioma Pantanal. No entanto, tais incertezas são consideradas na definição dos buffers espacial e temporal da metodologia aplicada.

Referências

Menezes, L. S.; Oliveira, A. M.; Santos, F. L. M.; Russo, A.; Souza, R. A. F.; Roque, F. O.; Libonati, R. Lightning patterns in the Pantanal: Untangling natural and anthropogenic-induced wildfires. Science of The Total Environment, v. 820, p. 153021, 2022.doi: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2022.153021